domingo, 26 de outubro de 2008

Imagens e Globalizações IX


Proposta de Umme Salma

Um exemplo de globalização contemporânea: a indústria transnacional dos call-centers indianos, onde se jogam os fluxos globais de tecnologia de informação. Um call center na India responde aos pedidos de pizza em Manhattan.

A pessoa com um sotaque estranho pergunta se quer extra-queijo, se a pizza é grande, pequena ou média. Que bebida vai desejar e como tenciona pagar. Repete o pedido, para que não haja falhas na comunicação, faz a conta, pede o número do cartão de crédito. Diz ao consumidor faminto o número de minutos que tardará a chegada da pizza. O conhecimento de que o serviço em questão está na India implicaria um "extra queijo global", um caminho muito mais longo a percorrer em oposição à ideia de fast-food, de pizza "around the corner". Talvez por isso, omite-se que o serviço é prestado por indianos, na India. Os indianos Raja, Salim ou Sonali passam a ser John, Peter ou Sally, para satisfação do cliente norte-americano. Não deveria interessar de onde são na verdade, porque provavelmente será um imigrante indiano ou paquistanês a pôr a dita pizza no forno... A representação e a omissão como política cultural da indústria; a camuflagem ou o anonimato escondem a realidade da globalização, que é bastante ilusória.


2 comentários:

Paulo Raposo disse...

Alexandre Firmino (aluno da Cadeira Optativa Globalizações; Mestrado Risco Trauma e Sociedade) disse:
Todos somos cidadãos do mundo! Somos Atenienses, somos egípcios, somos portugueses, somos romanos, somos alentejanos, somos americanos, somos todos desta grande aldeia global a que chamamos de Planeta Terra!
Onde todos os povos de diferentes culturas se encontram distribuidos geográficamente por zonas diferentes com variados tipos de climas e costumes históricos, mas que se encontram todos unidos, interligados entre si pela internet e pelas leis ou convenções diplomáticas que reúnem países em torno de grandes Confederações!
O nosso mundo é cada vez mais uma Altântida global. Há muitos milhares e milhares de anos atrás quando todos os continentes faziam parte de um só, o mundo era conhecido então como Atlântida! Essa era, diziam os historiadores, uma época que foi de grande prosperidade e riqueza, onde o nível intelectual dos homens teria atingido o ponto mais alto de sempre, dominando todas as mais variadas formas de saber científico. Até ao dia em que a natureza acabaria por se revoltar contra o Homem com as suas alterações climáticas, passando por épocas de grandes glaciares, ondas de calor e até mesmo de erupções vulcânicas, tremores de terra e outras tantas catástrofes naturais. Factos a que não estão alheias as interpretações deixadas pela Sagrada Escritura que, nos deixaram a história de Noé sobre o dilúvio e a arca, que este teve de construir para salvar todas as espécies de animais que existiam no mundo, para preservar todas as obras belas de Deus até aí criadas.
Esse mundo inimaginável da Atlântida que terá servido de grande inspiração a J.R.R.Tolkien (criador da célebre Sociedade dos Anéis, vivida na trilogia de «O Senhor dos Anéis»), está agora bem presente no espirito do homem do mundo actual, cidadão do Mundo! Onde em qualquer lugar, um simples blog poderá ser a nossa escrivaninha pessoal de transmissão de ideias e de pensamentos, ao qual bastará um click para enviar esses dados que serão lidos e partilhados por outras gentes que vivem no nosso mundo.
E é portanto com este espirito que aqui deixo este primeiro post de comentário, inspirando-me no mundo antigo da Atlântida Perdida, onde outrora éramos cidadãos do Mundo para voltarmos de novo e consecutivamente a ser os mesmos cidadãos como até aqui procuramos ser todos os dias, em casa, no trabalho ou até mesmo nos nossos momentos mais intimos com as pessoas que amamos. Todos procuramos ter uma imagem de um cidadão bloguista espelhado num outro eu que vemos por outros olhos, por outras culturas, por outros valores. Todos somos um todo, mesmo olhando de formas desiguais num mundo onde um blog pode fazer-nos reunir à volta de uma mesa, ideias e pensamentos diferentes para um debate à maneira dos Cavaleiros da Távola Redonda, que pela Excalibur e pelo Rei Artur se encontravam reunidos, embuídos de um mesmo pensamento e ideias na luta por uma causa. Para dar vida às vozes que muitas vezes por aí se encontram escondidas e que precisam de ser ouvidas, porque todos somos cidadãos.
Somos de facto cidadãos do Mundo, bloguistas de Portugal, do Egipto, da Tailândia, da Austrália ou do Quénia. De todos os lados, unidos por laços fortes com o desejo de nos tornarmos todos irmãos e vizinhos nesta aldeia global de nome: Planeta Terra!

Vítor Alves disse...

Com a Globalização diminuem os constrangimentos geográficos assim como os aspectos relacionados com o tempo e o espaço das relações sociais. Há como que uma intensificação à escala planetária de relações sociais que ligam localidades distantes de tal forma que os acontecimentos locais são influenciados, assim como também influenciam de forma recíproca, acontecimentos no outro lado do planeta.
Neste mundo da "aldeia global" em que todos nós vivemos, os fluxos globais de tecnologia de informação são parte importante e fundamental, pois permitem que tudo esteja ao alcance de todos. Em termos de interdependência do mundo como um todo, estamos permanentemente dependentes e ligados uns aos outros, isto até ao nível do quotidiano de cada indivíduo.